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quarta-feira, janeiro 25

Acidez dos oceanos é a maior em 21 mil anos

   Editora Globo


   Uma nova pesquisa da Universidade do Havaí mostra que a emissão de carbono pelo ser humano tem contribuído para aumentar a acidez do oceano a níveis muito maiores do que os naturais. Em algumas regiões do globo, o nível de acidez teria se elevado mais nos últimos 200 anos do que nos 21 mil anos anteriores. O estudo foi liderado pelo oceanógrafo Tobias Friedrich, e foi publicado na revista Nature Climate Change. 
   Medir a acidificação dos mares é um trabalho bastante difícil, pois ela varia conforme os anos, as estações e regiões. Para conseguir realizar a medição, a equipe de biólogos e ecologistas analisou as águas atrás de seu nível de aragonita, uma forma de carbonato de cálcio que diminui sua concentração conforme a água fica mais ácida. 
   Só nos últimos 30 anos a ciência realizou medições diretas da acidez dos oceanos, o que impedia os pesquisadores de traçar um panorama histórico. No entanto, desta vez os cientistas havaianos fizeram uma simulação das condições dos mares e do clima nos últimos 21 mil anos.
   Eles descobriram que em algumas regiões de corais o nível de aragonita está cinco vezes menor do que antes da revolução industrial. Isso traria graves conseqüências para a vida marinha, principalmente para animais com esqueleto calcário. Os corais, por exemplo, tiveram uma diminuição de 15% em sua calcificação. O estudo ainda avisa que a calcificação de outros organismos marinhos pode cair mais de 40% nos próximos 90 anos.


Fonte: Revista Galileu

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